O trem cruzava a colina ao pé da montanha, a brisa pairava no ar com um cheiro de mar, era notável perceber que Nápoles uma cidade portuária, então estava próxima. Dante estava sentado no bar do trem saboreando seu amado Sundae de Morango, a colher deslizava pelo fim da taça, na tentativa de recolher o resto da calda de caramelo. Desistiu, então empurrando a taça para o barman.
-Me traga outra taça, por favor. - Solicitou ao barman.O barman se virou pra preparar o pedido. Dante olhou em seu relógio, vendo que estava perto do meio-dia. Girou o banco, voltando-se para as janelas, e avistou o vasto mar e a Cidade de Nápoles adormecida sobre a praia. O porto guardava navios e barcos, as gaivotas voavam pelo céu azul, assim como o sol brilhava ao alto do azul anil. O trem adentrou no túnel, fazendo toda aquela paisagem desaparecer na escuridão. O trem sacudiu levemente.
-Hare hare... Os problemas já começaram? . - Disse Dante entediado.As luzes do trem piscaram algumas vezes, a porta do fim do bar abriu-se lentamente. Dante repousou a mão dentro de seu sobre-tudo, algo rastejou-se para dentro do vagão e levantou-se debatendo-se. Era um horrendo demônio sem face e com sus mandíbula em seu estomago apodrecido. O sangue escorria pelos dentes, assim como alguns dedos humanos podiam ser vistos deslizando pelo sangue. Dante então sacou dos coldres uma de suas pistolas: Ebony. Uma pistola ágil, equipada de um modo repetição, capaz de disparar três projeteis em apenas um tiro. Apontou a mesma ao demônio, que correu cambaleando à Dante. Sem demandas, o Devil Hunter disparou apenas uma vez, e três balas cruzaram o ar, logo atravessando o demônio, que tombou para trás desaparecendo em uma negra névoa.
-Hey, barman você não- . - Interrompeu-se o dialogo.Uma faca feita de ossos pousou sobre o pescoço de Dante. O barman havia revelado sua verdadeira face, seu olhos brilhantes fitavam o Devil Hunter em um tom de ameaça.
-E meu Sundae vai ficar na ilusão mesmo? Droga... . - Resmungou.Dante ergueu os braços rendendo-se. Porém, estalou os dedos e sua capa de violão, ao canto do vagão remexeu-se violentamente e o couro rasgou-se na horizontal, assim uma espada demoníaca cortou o ar em 360º, partindo o demônio ao meio. O trem saiu do túnel, revelando o bar sujo de sangue por todas as paredes. Não demorou-se muito e um funcionário entrou apressado.
-Meu Deus! Oquê houve aqui? . - Questionou.Dante levantou-se e caminhou até o funcionário, com a espada e pistolas e mãos. E com um sorriso disse:
-O liquidificador explodiu e toda a calda de morango se espalhou, melhor limparem antes que sequem. Culpa do barman que foi ao banheiro e não voltou... .O Devil Hunter passou pelo funcionário deixando o vagão ensanguentado. Caminhou então pelo corredor e ao fim do mesmo, entrou em sua cabine, sentando-se de qualquer jeito.
Ouviu-se o apito do trem, e a fumaça parou de exalar, um forte rangido incomodou Dante que se contorceu na poltrona, a locomotiva freou bruscamente, provocando um tombo em Dante. Ele levantou-se do chão e olhou pela janela, vendo que faltava pouco para chegar a Nápoles, nada mais que um quilômetro e meio pelos seus cálculos visuais. Porém oque repercutia em sua mente era o motivo de tal parada.
-Era só oque faltava... Aposto que agora ladrões invadiram o trem... .Ouviu-se ao fim do corredor, próximo ao bar, uma gritaria.
-Ele caminhou para aquela direção! Peguem aquele assassino! .Dante reconheceu que era sobre sua pessoa que discutiam e guardou a espada em suas costas, assim como prendeu Ebory aos coldres novamente, logo abriu a janela e saltou para fora. Os guardas apareceram na janela em seguida.
-Pare aí mesmo! . - Gritou um dos guardas.-Sabe eu tenho que chegar em Nápoles. Deixa isso pra outra hora. Então, eu vou indo. - Disse pulando pelo barranco.Surfando sobre o cascalho, desceu rapidamente a colina em direção ao rio que levava a Napóles.
-Muito bem, se eu caminhar pela borda do rio eu- . - Disse, sendo interrompido.Dante escorregou para frente, e rolou pelo resto do barranco caindo dentro do rio, não demorou-se muito e boiou com os membros esticados.
-Muito bem, seu eu boiar pelo rio, chegarei em Nápoles... . - Disse em deboche.Alguns minutos depois... .Ao gramado da beira do rio, havia um garoto de cabelos azuis que olhava os peixes dançarem pela água. Porém assustou-se, quando Dante descia o rio boiando, então levantou-se assustado.
-HEY! VOCÊ ESTÁ BEM? . - Disse preocupado.-Já estou em Nápoles pelo menos!?! . - Debochou Dante.-Sim! Se ficar de bobeira, vai desembocar no mar... A maré está alta tome cuidado. - Disse o garoto acenando com um sorriso bobo.Dante fitou os olhos no garoto por um tempo, reconhecendo-o logo pela foto que Lucy lhe entregou.
-Hideki Hinata? . - Disse Dante levantando-se, a água havia ficado no limite de sua cintura.-Como sabe meu nome? - Questionou o garoto.-Sou o Devil Hunter Dante da Cidade de Limbo. Aceitei o seu pedido de guarda, assim como sei sobre seu dom.Caminhando até a beira do rio, Dante aproximou-se de Hideki. Emergiu do rio, e sacudiu os brancos cabelos molhados.
-E então... .-E então oquê? Se aceitou o trabalho... Me proteja! .-E então quero que me leve até sua casa, preciso me secar.-Você é meio folgado em Devil Hunter Dante.-Se quer um trabalho digno, pelo menos me trate bem garoto.-Certo, certo... Vamos indo.Hideki levantou-se e subiu o gramado, Dante o seguiu em seguida.
-Pensei que viria de trem.-É... Aconteceu uns imprevistos. Mas nada para se preocupar. Bem, pelo menos eu acho... .Hideki e Dante caminharam juntos, desaparecendo gradualmente de acordo que caminhavam além do limite de visão do gramado... .
Enquanto isso na loja Devil May Cry... .-Bela tacada Plaat-chan! . - Disse Lucy Sorridente.-Você não viu nada... . - Disse a garota, passando giz na ponta do taco.Lucy curvou-se sobre a mesa de bilhar e direcionou seu taco à uma bola. Em uma tacada certeira, a bola branca chocou-se à bola que ricocheteou pelos cantos da mesa, e entrou em um buraco.
-Ah, eu vi sim... . - Debochou Lucy.